Vamos colocar uma broca na
boca e perfurar até a alma? Juntinhos? -n
Antes de começar realmente, queria já deixar claro que hoje em dia eu não tenho nada contra dentistas, aliás, minhas últimas visitas à esses doutores tem sido tranquilas. Este texto que vai ser lido por usted apenas traz os vários traumas que eu passei e que você provavelmente também.
Ontem eu tive uma consulta ao dentista, óbviamente eu não tenho mais pavor, porém, essa rara ocasião de ida ao doutor dos dentes me fez lembrar de tudo que eu já passei nessa coisa de "ir ao dentista". Após, sei lá, os 15 anos, o medo já não está presente, não há o desespero e o pavor da broca ou de ser xingado e obrigado a parar com os doces. Aos 15 você já nem come mais doces, quase.
Ao chegar no consultório de dentista você tem que passar por algumas fases. A primeira delas é a espera, que é interminável, uma obturação que demora 30 minutos parece o dobro e por aí vai. Pra você passar o tempo mais depressa, sempre, eu disse sempre, são disponibilizadas revistas variadas para seu deleite. Isso não é ruim, aliás, é legal ler revistas de 7 ANOS ATRÁS!! Quanto será que custa uma revista nova? Pelo menos colocasse uma do mesmo ano. O pior de tudo é que são revistas de fofoca!!! Nem pra ter uma revistinha do Batman, ou sei lá. Começa sempre bem.
Após a espera tentando ocupar a mente com outra coisa e fingir que não está ouvindo a broca furando o dente do coleguinha anestesiado lá dentro. Sua vez chega e aí você se desliga do mundo, tudo que você consegue pensar é "Mano do céu, como essa luz é forte!". A sensação de que você vai morrer e de que aquela luz é a "luz no fim do túnel" fica presente durante todo o procedimento.
Engraçado mesmo é que quando você é criança, para uma simples obturação, você toma uma anestesia. Quando você cresce, já com seus 15 anos, a anestesia não é mais necessária e é aí que você percebe que uma obturação sem anestesia dói bem menos. Com a anestesia você toma uma injeção, que dá a impressão de que a agulha foi parar dentro do seu cérebro, de tanto que o mano empurra, e depois que ela passa, tu fica com dor. Já sem a anestesia, não há injeção, quase não se sente nada, só uns cutucãozinhos e tá pronto, sem sequelas.
Engraçado mesmo é que você ia no dentista, tomava a anestesia, tinha apenas um dente obturado e quando passava o efeito
da droga você sentia como se o doutor tivesse pegado uma batedeira e ligado em sua boca. Dentes que ele nem tocou, e que antes da consulta estavam perfeitamente normais, começam a doer com uma simples encostada do miojo, que é a única coisa que se pode comer.
Não bastasse todo esse pânico que os dentistas causam nas crianças, quando eu era criança e tinha uma locadora de filmes, adivinha qual o único filme no gênero de terror que eu via a capa e associava à coisas do meu dia a dia? O DENTISTA. Nunca tive coragem de ver esse filme, mas porra, é um filme de terror e eu vou no dentista, É ÓBVIO que ele vai me matar uma hora ou outra!!!
Fobias à parte, você provavelmente, como criança mimada que é, deve ter exagerado no que sentia, fazendo drama pra seus pais terem pena e você ganhar um presente. Eu ganhava. Mas como já disse, o tempo passa e "ir ao dentista" vira uma coisa rotineira, mesmo que você não use aparelho nem nada.
"Be Happy!"... Assistindo o trailer do filme que eu citei e que nunca vi e provavelmente nunca verei!
Clique aqui pra ver o trailer em inglês porque é impossível achar legendado. =S
Post ao som de:
Codependence - Sixx: A.M.